Você estava lá, fazendo suas coisas, quando, de repente, do nada, como se tivesse caído do céu… Uma ideia para um novo negócio!
Não qualquer ideia, mas AQUELA ideia. A que vai fazer com que filas de investidores se formem na sua frente. Você já se imagina competindo pela posição do Jeff Bezos na Forbes, aparecendo em fotos com o Bill Gates, festas com o Elon Musk, jantares na residência dos Safra ou do Jorge Lemann.
Afinal, todos eles começaram com uma ideia.
Mas, como saber se a sua ideia REALMENTE é boa? Antes de mais nada, é melhor descer do pedestal, parar de sonhar e fincar seus pés (os dois) bem fincados no chão. Porque a ideia é só o primeiro passo, ainda temos muito chão pela frente até colocá-la em prática.
Então, vamos lá. Toda jornada começa pelo primeiro passo. E você já deu este passo, você tem a sua ideia.
A Harvard Business Review, uma revista de negócios mantida pela Escola de Negócios de Harvard (desnecessárias demais apresentações) fez uma pesquisa com proprietários de pequenas empresas e startups, e encontrou cinco maneiras que essas pessoas classificaram como a melhor forma de descobrir se sua ideia de um novo negócio é realmente boa, ou se não passa de “fogo de palha”:
1 – Pergunte para colegas, mentores ou conselheiros.
Provavelmente você tem uma pessoa em quem confia, cuja opinião é respeitada não somente por você, mas por outras pessoas.
Apresente sua ideia a essa pessoa e peça um feedback honesto. Caso não tenha uma pessoa assim em seu meio, ou não queira expor sua ideia, você pode procurar agências como o SEBRAE, que tem um serviço de consultoria por um preço bem acessível.
2 – Pergunte para amigos e família.
Consultar profissionais é de grande valia. Mas a opinião de sua família e de amigos também é importante. Afinal, são pessoas que se importam com você e, mesmo que não entendam de negócios, você deveria levar em consideração a opinião deles.
Além disso, um grupo de amigos ou familiares pode funcionar como beta testers, sendo essa a forma mais barata de se fazer uma prova de conceito, mesmo uma prova física ou funcional.
3 – Faça uma pesquisa de mercado por meio de crowdsorce.
Apesar do nome difícil, isso existe há muito tempo. Cooperativas são uma forma de crowdsorce, pessoas que se unem para resolver problemas em conjunto. Seja criar produtos novos ou conteúdos, testarem sites, etc.
Sites gratuitos de anúncios podem ser uma poderosa ferramenta para reunir pessoas interessadas em testar gratuitamente o seu produto. Você terá custos, é claro, mas serão menores do que abrir o negócio no puro “achismo” e não dar certo, não é?
4 – Grassroots, ou “raiz de grama”.
Mais um termo difícil de falar. Não é de propósito, sério!
A ideia é como criar grama: você tem um tufo, planta onde você quer o seu gramado, aduba, rega, conversa com a plantinha e voilà: um tapete verdinho!
Nos negócios é do mesmo jeito: toda ideia para crescer, precisa de cuidado e trabalho.
Bata de porta em porta, apresente seu produto, peça que testem e pergunte qual a opinião delas sobre sua ideia.
5 – Seja seu próprio “rato de laboratório”.
Algumas ideias precisam de voluntários para testá-las. Que tal você mesmo ser o primeiro a fazer os testes?
Sabemos que isso não funciona para tudo, mas para quase tudo, pode ser.
Isso pode economizar bastante tempo e dinheiro que você gastaria envolvendo terceiros para fazerem isso. Se você tem condições de testar a sua ideia por conta própria, por mais estranha que ela seja, FAÇA!
Além destas 5 “etapas” ´apresentadas na pesquisa de Harvard, é importante saber, também:
Se o mercado para o seu produto está aquecido.
Não basta saber se o mercado está “apenas” aquecido. É importante saber em que pé ele está.
Em alguns casos, o mercado em que seu produto será inserido pode estar quente, fervendo, mas, saturado. Com muitos consumidores, assim como fornecedores, que se digladiam por uma fatia desse bolo. E as fatias estão cada vez menores.
Não é que você não terá sucesso se entrar nesse mercado. Só que vai ser mais difícil, o lucro pequeno, porque o preço já está lá, formado pelos seus concorrentes. Qualquer valor que seja mais alto, não será aceito.
Prefira entrar em mercado aquecidos, mas em expansão. Em que haja espaço para crescer, sem canibalismo.
Se o seu produto é vendável.
Aqui, basicamente, você deve analisar qual o grau de esforço que deve ser feito para que o seu produto seja notado e que os consumidores queiram comprá-lo e, realmente, comprem.
A única coisa que é vendável por si só, sem necessidade de esforço é água no deserto. Mas existem produtos mais fáceis de serem vendidos.
Quanto mais fácil, menor será o seu custo e maior o retorno.
Se a venda é contínua, única ou sazonal.
Quase ninguém se dá conta disso quando abre um negócio.
Enfeites de Natal, vendem só no Natal. Ovos de Páscoa, na Páscoa. E segue o baile…
Nosso exemplo foi bem pontual. Mas vamos imaginar que o seu negócio é vender joias feitas a mão.
Não é uma coisa que o mesmo cliente compre toda semana. Ele pode até comprar com frequência, como em datas especiais, só que suas contas não chegam somente em datas especiais. Então, você vai precisar de mais clientes.
Já se o seu negócio é marmitas saudáveis, o mesmo cliente pode (e vai, se gostar do seu tempero, do atendimento, da entrega, do preço…) comprar todos os dias, ou toda semana. Enfim, o cliente será assíduo. E o seu negócio, com vários clientes assim, pode se manter muito bem.
Vale lembrar que o custo para se conseguir clientes novos é maior do que manter os já existentes. Então, pense no impacto financeiro do seu negócio sobre ele mesmo.
De repente, você pode vender suas joias personalizadas e feitas a mão, mas pode ter um “setor” de bijoux bem bonitas, mas, mais acessíveis.
Então, você já tem a ideia. Vamos arregaças as mangas e colocá-la em prática! Quem sabe se você já não precisa ir pensando nos trajes que vai usar nas festas e jantares….