A cultura organizacional brasileira é marcada por características como personalismo, forte autoridade e o famoso “jeitinho”.
O personalismo, que traz afetividade e proximidade entre colegas, e o jeitinho brasileiro, que em nenhum momento estamos falando de burlar ou ignorar regras, mas sim de deixar os planos inflexíveis de lado e valorizar a criatividade e agilidade para resolver problemas, podem ser vantagens para quem busca exercer a liderança de forma humanizada.
Antigamente, o conceito de liderança estava associado a comandar com autoridade baseada no medo, a própria origem da palavra, “laeden”, que vem do inglês arcaico e significa chefiar ou guiar já dá sinais disso.
Mas, ao longo do tempo, essa definição evoluiu. Hoje, os líderes são vistos como aqueles que conduzem grupos por meio de cooperação e respeito e, não necessariamente, possuem um cargo formal de gestão.
Nesse aspecto, a liderança humanizada se torna cada vez mais presente nas empresas, ela é baseada em valores como empatia, acolhimento e flexibilidade. Esse estilo de gestão ganhou ainda mais projeção durante a pandemia da Covid-19, em que os líderes deram maior atenção às necessidades individuais dos funcionários.
Um líder humanizado busca fornecer segurança psicológica, permitindo que cada um seja autêntico e oferecendo apoio em momentos difíceis. Além disso, ele adapta processos e atividades às necessidades da equipe, sem deixar de buscar o alcance das metas. Toda a interação de líder e equipe é permeada pela empatia, solidariedade, respeito e compaixão.
Podemos citar essas 10 características como as principais de um líder humanizado:
- Enxergam os colaboradores como pessoas com sentimentos e particularidades;
- Comunicam-se bem com os integrantes da equipe;
- Alinham os processos aos perfis profissionais;
- Dão autonomia para a execução das tarefas;
- Ficam atentos às necessidades dos colaboradores;
- Buscam integrar equipes e promover a cooperação;
- São disponíveis e flexíveis em momentos difíceis;
- Impulsionam o desenvolvimento dos colaboradores;
- Buscam resultados sustentáveis em que todos são protagonistas;
- Praticam o autoconhecimento e a autoavaliação.
É importante ressaltar que a proximidade e o compartilhamento de emoções não devem ser confundidos com permissividade. O líder humanizado pratica a escuta ativa e procura corrigir, junto ao colaborador, desvios de postura profissional. Um líder humanizado não é a figura do “chefe bonzinho”, que tenta agradar todo mundo.
Quando necessário, há cobranças de resultado, porém, elas são feitas de forma assertiva e com clareza, mantendo a autonomia do grupo e de cada indivíduo.
Para se tornar um líder mais humanizado, é necessário compreender a importância das relações humanas no ambiente de trabalho e enxergar cada colaborador como uma pessoa única. Além disso, o autoconhecimento é fundamental para identificar fraquezas e forças, buscando melhorias individuais e coletivas.
A busca pela liderança humanizada deve ser genuína, com foco na cooperação para construir um ambiente de trabalho saudável, capaz de gerar resultados de excelência.
Se você busca uma liderança que valorize a empatia, acolhimento e flexibilidade, a liderança humanizada pode ser o caminho para o sucesso em sua empresa.