Em 1984, a expectativa de vida de uma empresa era de 30 anos. Em 2014, 30 anos depois, a expectativa de passou para apenas 5 anos. Ou seja, existe o risco de você ver tudo aquilo pelo qual lutou e trabalhou ser engolido por uma startup, que também será ultrapassada por outra, mais nova e mais aderente ao mercado. E assim sucessivamente.
Mas, afinal, como evitar isso?
Em primeiro lugar, devemos pensar no motivo pelo qual as empresas morrem. Má administração? Falta de recurso? Não, nada disso. Uma empresa deixa de existir quando seus clientes a abandonam porque a concorrência se torna mais atrativa e de fácil acesso.
Vamos pegar um exemplo simples: as vídeo locadoras. Elas existiam em todos os bairros e eram frequentadas por todos. Ainda assim, foram atropeladas pelos serviços de stream. Bem mais atrativo, paga-se uma mensalidade e você tem uma infinidade de títulos nas suas mãos, sem sair de casa. A morte das locadoras foi lenta, nem a maior delas conseguiu enxergar que o mundo estava mudando. Neste caso específico, os clientes não levaram em consideração o atendimento, a fidelidade que tinham com a empresa, o produto oferecido, nada disso fez com que as locadoras sobrevivessem. Eles simplesmente migraram para outro modelo de produto que lhes era oferecido.
E assim é com a maioria das empresas que não sobreviveu: elas sofreram da cegueira seletiva. Isso fica evidente quando o pensamento geral de quem toma as decisões é “os negócios vão bem, as vendas estão constantes. Então para que mudar?”. Mudanças são necessárias sempre. É fundamental estar atento ao mercado, entender o que está acontecendo e se antecipar às transformações.
Para facilitar o processo de renovação da sua empresa, coloque em prática as três dicas que o CEO e fundador da SINGU, Tallis Gomes, apresentou em um artigo para o Portal Administradores:
– Fazer um hackaton por semestre: hackatons são maratonas de desenvolvimento, geralmente adotadas para desenvolvimento de software, mas que podem facilmente serem adaptadas para processos, produtos, etc. Recomendo que aconteçam dois hackatons por ano na sua empresa e que cada projeto vencedor seja executado religiosamente; sem dúvida será o melhor investimento em R&D que sua empresa fará. Muitas empresas erram feio ao fazer Hackatons e não executar os projetos vencedores. Ao fazer isso, além de desperdiçar tempo e dinheiro no evento, você frustra seu time e poda a inovação na raiz.
– Democratize a opinião: não faz sentido contratar pessoas inteligentes e bem formadas para que a palavra final seja de um diretor/gerente. É importante adotar a cultura da argumentação; se o estagiário tem um ponto, deixe que ele explique este ponto. Caso o gestor não concorde, ele tem o dever de contra argumentar para provar o motivo de o ponto apresentado não ser viável. Adotando essa cultura, você irá incentivar seus funcionários/colegas a contribuírem para a companhia e vai também começar a construir o sentimento mais importante na vida de uma empresa: o “sentimento de dono”.
– Sente um dia por mês no call center: todo gestor, do CEO ao gerente, deveria obrigatoriamente sentar pelo menos 1 dia por mês no call center. É no call center que você encontrará as respostas para o próximo grande lançamento da sua empresa, ou a adaptação no seu produto que lhe fará ganhar market share (e não na sua planilha de Excel!).
Lembre-se: você deve ser o catalisador para as mudanças. Não se adaptar é o único risco que sua empresa está correndo. Para que sua empresa sobreviva de forma saudável no mercado agressivo e competitivo que temos hoje, conte com a equipe da Celuppi!