Montar um orçamento eficiente e condizente com a realidade da sua empresa pode não ser uma tarefa muito fácil.
A começar por 3 palavras que são “quase” sinônimas: custo, despesa e investimento.
Lá no post das nossas redes sociais, colocamos a diferença apenas entre custo e despesa, mas aqui, como temos mais “tempo” para conversarmos, decidimos incluir a terceira, mesmo porque ela é muito importante para manter o seu orçamento nos trilhos.
Todas as 3 são entendidas como gastos, que sob a ótica da contabilidade são sacrifícios financeiros com as quais as empresas têm de arcar quando adquire um bem ou serviço, de forma resumida, são as saídas de dinheiro da empresa.
Vamos entender melhor a diferença entre elas:
Custo:
Num sentido mais amplo, é o valor pago ao trabalho necessário para a produção de bens e/ou serviços. O seu conceito é, muitas vezes, confundido com preço, despesa ou desembolso financeiro. Portanto, custo é tudo aquilo que incide e afeta diretamente no preço de aquisição e/ou produção de um produto até sua chegada ao ponto de venda.
Na indústria são os gastos de produção, no comércio, são os relativos à compra, gerenciamento, armazenagem, embalagens, etc.
Para os prestadores de serviço são todos os gastos relacionados à produção do serviço final.
Sendo assim, quanto mais você vende, maior será este gasto.
Mas é preciso atenção: os gastos de venda não entram no custo de produção.
Alguns exemplos de custos: fretes pagos na matéria-prima, compra de mercadorias para revenda, salários, FGTS e INSS dos envolvidos na produção, energia elétrica consumida para a produção da mercadoria ou serviço.
Despesa:
Para a contabilidade, despesa é o gasto necessário para obtenção de receita e não se identificam com o processo de transformação ou produção de bens e/ou serviços.
As despesas estão relacionadas aos valores gastos com a estrutura administrativa e comercial da empresa. São áreas essenciais para qualquer negócio, mas não colaboram de forma direta na produção de mercadorias ou serviços. Portanto, são gastos que não estão ligados diretamente ao objetivo final do negócio.
Para saber a diferença entre custo e despesa, pense da seguinte maneira: vendendo ou não, eu continuarei a ter estes gastos? Se a resposta for sim, provavelmente, esta será uma despesa.
Vale notar que os salários da produção continuarão existindo mesmo não tendo vendas, mas como estão diretamente ligados à produção, a contabilidade os entende como custo e não despesa.
As despesas são, ainda, classificadas como fixas e variáveis.
As fixas são aquelas cujo valor pago não depende do volume ou valor das vendas. Já as variáveis são aquelas que têm o valor atrelado ao volume de vendas.
Alguns exemplos de despesas: pró-labore, gastos com marketing, salários da administração e comercial, material de escritório, aluguel de escritório administrativo, telefones fixo e celulares de vendas administrativo.
Investimentos:
Em linhas gerais, investimento é a aplicação de capital com a expectativa de um benefício futuro.
Nas empresas, os investimentos são os gastos realizados visando trazer mais receita ou melhorar a sua imagem.
A intenção é sempre de retorno.
São exemplos de investimento: compra de maquinário para aumento de produção, compra de veículos para entregas, cursos para melhoria de gestão, etc.
Para finalizar,
Os gastos não devem ser vistos apenas como mera formalidade contábil, essa separação é fundamental para analisar os números e a saúde financeira da empresa.
Um uso comum é verificar se os seus custos estão de acordo com o mercado e identificar gargalos nos processos do seu negócio.
Além de identificar se as despesas estão elevadas, isso é um forte indicador de que sua empresa possui uma estrutura superior ao volume de vendas. Neste caso, é preciso aumentar as vendas ou reestruturar o negócio.