O mercado de investimento tem crescido em uma velocidade um tanto quanto rápida.
São bancos, fintechs, consultores, influenciadores digitais, todos oferecendo a você um jeito de fazer o seu dinheiro render.
Isso, é claro, gera oportunidades boas, inclusive para pequenos investidores. A possibilidade de diversificar é apontada por especialistas como fundamental se você quer aumentar seus ganhos a longo prazo e diluir os riscos.
No entanto, o avanço deste mercado, também, abre portas para quem não tem a melhor das intenções. Para fugir dessas armadilhas, nós separamos algumas dicas práticas que podem te ajudar:
1 – Não acredite em milagres
Parece até simples, mas muita gente ainda cai no golpe de investir R$ 100,00 e em 3 meses ter R$ 1000,00 e sem esforço.
Não é tão fácil, assim como em tudo na vida, investir é um trabalho de longo prazo, que requer muita disciplina e resiliência para alcançar os objetivos que foram traçados.
A não ser que você acerte os 6 números da mega-sena da virada sozinho, ou dê MUITA sorte em um investimento de altíssimo risco, ou descubra que é único herdeiro de uma família riquíssima de Liechtenstein (dá um google para descobrir mais sobre este país), ninguém dorme sem dinheiro e acorda milionário.
E, se você ainda acredita nestes milagres financeiros, pense no seguinte: nem mesmo os maiores investidores do mundo, que têm mais experiência e acesso a mais informações, conseguem ter uma rentabilidade alta todo mês. Então, conosco, meros mortais das finanças, não seria diferente.
A dica de ouro aqui é a seguinte: você deve observar a nossa taxa básica da economia, a Selic, se o investimento oferecido está muito acima, algo de errado não está certo, ok!
2 – Saiba onde você está investindo
Bem, em primeiro lugar: você deve verificar se o investimento oferecido realmente existe. Se não está investindo no bolso do golpista.
Pesquise informações sobre o consultor ou a empresa de investimento no site do BACEN, da CVM, do Reclame Aqui. Faça uma busca nas redes sociais, leia os comentários dos vídeos, do Instagram, do Facebook, do Twitter, desconfie se os comentários estão bloqueados. Se houver uma única reclamação, tente falar com o reclamante, descubra o que aconteceu.
Seja meticuloso nisso, afinal, estamos falando do seu dinheiro e ele não caiu do céu, foi difícil de ser conquistado, portanto, todo cuidado é pouco!
Se algo não “está batendo”, melhor não investir.
Ah, e ser o primo do cunhado do tio da amiga do tataravô da tia de terceiro grau do cachorro do papagaio do conhecido não garante bom caráter. Muitas pessoas caem em golpes de conhecidos, fique esperto. Charlatões são encantadores e formam uma rede de “conhecidos” para conseguir seus intentos de forma mais fácil.
3 – Evite o efeito manada
Lembre-se do que sua mãe sempre falou para você: “você não é todo mundo!”
O fato dos seus amigos, familiares, colegas, conhecidos e até o seu pet estarem comprando um determinado ativo não significa que ele é o ideal para você. Ou, mais importante, que este investimento seja confiável.
Investir requer entender, pelo menos, minimamente sobre o produto em que você está investindo e com ele se encaixa na sua estratégia de ganhos.
Mesmo que o investimento da moda seja consistente e apresente bons ganhos imediatos, não necessariamente, ele pode se encaixar no seu perfil.
Há, também, de se analisar o potencial de subida do investimento. Desconfie se não há projeção de médio/longo prazo para o investimento.
4 – Pirâmides? Só se for maias, egípcias e outras históricas!
Essa dica é só para reforçar as anteriores: ganhos muito altos com riscos baixos e em curto prazo não existem no mercado financeiro.
As pirâmides prometem justamente isso e mais: você tem que indicar novas pessoas para garantir o lucro dos participantes.
Vamos traduzir: quem entra num esquema desses, fica na base e garante a rentabilidade de quem está no topo. É canibalismo financeiro e crime pela legislação brasileira.
Se desconfiar de alguém, denuncie para a CVM.
5 – Você não precisa fazer tudo sozinho
Mesmo porque, talvez, esta não seja a sua especialidade. E, sim, existem especialistas nesta área que são confiáveis, que podem te ajudar.
Escolha um profissional (ou empresa) com boas referências, que seja autorizado pela CVM a trabalhar no mercado financeiro. Dê uma chance ao seu banco, seu gerente entende de investimentos e pode te indicar os melhores para o seu perfil.
Se preferir pode trabalhar com agentes autônomos, desde que tenham boa reputação e sejam credenciados na CVM. Certificações na Anbima garantem que o profissional é especialista no assunto.
E, claro, pegar algumas dicas com quem você conhece e sabe que investe há mais tempo também é totalmente válido.
Só não dá para confiar em quem surge do nada, prometendo ganhos astronômicos, para ontem…
Gostou das dicas? Não deixe de seguir nossas redes sociais para mais conteúdos sobre finanças, negócios e empreendedorismo!